sexta-feira, 12 de junho de 2009

Partituras e materiais

Partituras

Poderíamos criar partituras para nortear nossa música sem nem mesmo conhecer as notas? Essas partituras poderíam ser sozinhas uma criação para se ver? Essas partituras poderiam nortear também novas danças?
Qual a importância de encontrar maneiras de registrar as criações de música e dança em um papel? Esse esforço me ajudaria a repetir uma dança? Poderia fazer com que ela pudesse ser dançada ou tocada por outras pessoas que não o criador?
Essas perguntas foram levantadas pelos arte educadores e começaram a ser respondidas pelas crianças nessa aula.
A primeira coisa que fizemos foi experimentar no corpo e refletir sobre o forte e o fraco. Criamos dois desenhos: um desenho que representasse o símbolo fraco e outro que representasse o símbolo forte. Oferecemos vários materiais para isso. Papel, retalhos de várias coisas- (tecido, EVA, papel colorido), linhas, e giz de lousa.
O resultado foi muito significativo.
Depois aproveitamos antigos trabalhos em cartolina e ultilizamos o verso. Sugerimos que a linha parecia o tempo e que cada um podia usar os símbolos de forte e fraco que criou para dizer como era esse tempo (qual qualidade?).
A criação foi bem solta. O resultado plástico foi muito bonito, mas elas pouco funcionaram para registrar uma criação de música ou dança, porque era de muito difícil leitura. Decidimos retomar o assunto na próxima aula e utilizar procedimentos um pouco mais didáticos nessa criação.

Materiais

A criação das nuvens precisava de continuidade. Tinhamos criado esculturas muito bonitas de algodão com formatos de nuvens, mas estas estavam guardadas em sacos plásticos, esperando danças que possam acompanha-las para fazer parte do video-dança que iniciamos.
Não conseguimos levar fios de nylon (o que era a primeira idéia sobre como fazer as esculturas flutuarem no espaço) levamos uma linha que não conhecíamos, branca, grossa, feita de um trançado de linhas fininhas.
Percebemos que podíamos desmanchar esse trançado e ficar com as fininhas brancas. Então, começamos todos a desfaze-lo. O contato com o material foi tão importante e revelador que a aula foi simplesmente isso. As crianças descobriram as formas mais interessantes que podiam fazer a partir desse movimento de desfiar a linha. Às vezes ela ficava com partes mais grossas e outras fininhas, toda alongada ou estirada... Tudo acontecia entre o trançado e as linhas separadas.
Íamos colocando as linhas separadas no centro e foi surpreendente ver que começava a se formar um emaranhado leve, flutuante, feito uma perfeita nuvem. Melhor impossível!
Utilizamos algumas esculturas de algodão e montamos uma grande escultura com tudo isso. Realizamos algumas filmagens.
Para completar, no processo de filmagem percebemos- Não é que dá para fazer danças que acontecem na sombra? Experimentamos também essas danças. Foi um dia de pequenas surpresas para todos.

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