sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Animação em 10
Depois, os bichos de nosso roteiro precisavam de uma dança.
Para aquecer o corpo e a criação dessa "dança em quadros" dessa "dança de imagens" Fizemos um jogo de partes do corpo que poderiam tocar o colchonete. Nos vimos em posições engraçadas, desconfortáveis, interessantes, feias, e que até poderiam parecer uma posição de um bicho muito estranho.
Nosso corpo já poderia ter algumas idéias.
Cada criança escolheu duas posições diferentes: a primeira e última. Depois era só criar as posições entre elas.
Uma dança em dez quadros.
Fizemos juntos, cada um em seu "colchonete nuvem".
Para finalizar, cada criança recebeu dez papeizinhos recortados de igual tamanho. Em cada papel eles desenharam a "dança imagem" correspondente. Foi um jeito de ver o movimento no papel e ao mesmo tempo não esquecer a dança que criamos.
Já temos uma parte importante dessa produção.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Uma dança improvisada
Definir os ritmos também é uma maneira de dançar junto!
Íamos experimentar um pouco de danças das pernas, divididos em grupos, quando de repente- uma improvisação!
Uma dupla de alunos espontâneamente começa a fazer, sem anuncio, a dança cômica da boneca que eles tanto gostaram do "Dançando na chuva". Uma criança era a boneca - seu corpo ficava bem molinho, pronto para ser moldado pelo seu dono atrapalhado. Paramos todos para assistir.
Ele moldava sua boneca que teimava em mudar de posição. Era uma dança bem divertida. Pudemos participar criando alguns sons ao vivo.
Algumas novas tentativas de bonecas aconteceram. Filmamos tudo e certamente vamos aproveitar para o nosso filme!
Na segunda parte da aula decidimos criar uma cena- Um quarto cheio de bonecos que insistem mudar de lugar e dançar quando seu dono dorme.
Ensaiamos e filmamos também.
Foi um dia surpreendente para todos!
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Pés pés pés...
Isso merecia uma longa experimantação de danças comandadas pelos pés.
Deitados, sentados e de pé, pudemos experimentar...
Variando intensamente os rítmos e trabalhando muito sobre a pausa criamos muitas danças.
Depois, finalmente estávamos prontos para filmar.
Luz , câmera , ação - Todos fazem o ritual de início!
Temos mais essa cena divertida para o nosso filme!
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Um roteiro!
Já temos muitas experiências acumuladas e entendemos no corpo como fazer uma dança de stop motion. Agora é hora de focar nossa criação e fazer algumas escolhas.
Decidimos começar por uma história. Oras, um desenho animado precisa de uma história!
escolhemos um espaço - O céu! Esse mesmo cheio de nuvens!
Tudo teria de acontecer entre as nuvens e lá qualquer coisa poderia aparecer.
Fizemos de um jeito bem fácil: construímos uma roda e um de cada vez contava um pedacinho dessa fantasia.
Cada um continuando a invenção do amigo. Chegamos a um roteiro cheio de cores e personagens interessantes.
Já temos nosso roteiro! Agora é mãos à obra!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Os projetos
O desenho animado
Decidimos que o céu poderia ser um bom espaço para a nossa dança em stop motion, mas pensamos que seria legal se pudessem aparecer várias coisas malucas nesse céu. Então, desenhamos essas coisas em um papel. Depois a tarefa: Se estivéssemos dentro do desenho onde estaríamos dançando? E que dança seria essa? Poderíamos desenhar etapa por etapa dessas danças?
Fizemos assim.
Dividimos o tempo e, enquanto a sala inteira experimentava os sons interessantes para começar a criar nossa trilha, um dos alunos tinha a missão de pegar seu desenho, ir até a sala de materiais, encontrar materiais que se pareciam com seu desenho e recriar seu desenho a partir desses materiais.
Pronto! Agora ele poderia caber em seu desenho e dançar...
Todas as crianças passarão por essas experiência.
Já temos um desenho e uma dança para o nosso vídeo e a trilha começa a aparecer. Parece que vamos mesmo criar um desenho animado de verdade!
O filme musical
Também iniciamos o processo com a música para o filme!
Brincamos muito com sonoplastias e cada criança pesquisou o que poderia ser um som engraçado para um tombo/dança.Pesquisamos essas danças /tombos.
Criamos também uma coisa muito interessante! Para dançar só com os pés e pernas, criamos uma grande faixa com rostos grandes desenhados. A brincadeira vai ser pendura-la e esconder com ela a parte de cima do corpo. É uma experiência bem divertida, e parece que tinha uma dança bem parecida com essa no filme que assistimos para nos inspirar Cantando na chuva.
O vídeo dança
O que mais fizemos nas férias?
Assistimos à TV!
Oras, para retomar nosso projeto de vídeo-dança porque não criar TVs interessantes para passar danças que a gente pode criar?
Assim fizemos! Assim filmamos!
Até dança de careta apareceu, e as TVs? Quantas cores!
Gostamos tanto de nossa criação que levamos as TVs pra casa... Quem sabe podemos, além de passar tanto tempo na frente da TV de casa, criar coisas nossas para passar em uma TV que criamos com nossas próprias mãos?
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
De volta!
Comemos algo novo? Aprendemos alguma brincadeira? Conhecemos algum lugar diferente?
Que novas pessoas eram essas que estavam de volta?
A segunda questão era saber: o que lembramos de tudo o que fizemos juntos no PIA antes dessas férias?
O nosso objetivo era saber o que teria sido mais importante, feito mais sentido para eles. Entender também quais seriam as novas paixões, os novos interesses alimentados por um bom descanso e liberdade para criação livre da rotina...
A partir dai, poderíamos juntar tudo isso e pensar na continuação dos nossos projetos:
O desenho animado
O filme musical- inspirado em Cantando na chuva
O vídeo-dança - que parte dos espaços
Já retomamos os trabalhos nessas semanas e agora estamos também nos dedicando a criar as músicas desses vídeos.
Mãos à obra!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Brincadeiras e jogos lúdicos
Com giz de cera desenhamos juntos por todo o CEU SAPOPEMBA, no chão, nas paredes, na rampa, foi muito inspirador - estávamos fazendo um desenho gigante que começou pela manhã e seguiu tarde afora.
Brincamos com os adolescentes de diversos jogos teatrais e parecia que estávamos em uma grande competição. Os grupos vibraram e criaram com bastante entusiasmo.
As brincadeiras trazidas pelas crianças e as coisas que gostamos de fazer ficaram muito divertidas quando foram estranhamente misturadas. Forró e futebol? Contar histórias com andar de bicicleta e tomar sorvete? Empinar pipa andando de patinete? Já estavamos transformando tudo e fazendo arte.
Também cantamos com um solzinho gostoso muito tranquilos ao som do artista voluntário que passou uma manhã conosco. Muitas músicas sairam dessas cabeças corações cartolas.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Brincar Brincar Brincar
Brincar e brincar de mudar a brincadeira até virar arte.
Cantamos, dançamos em roda. Deixamos as crianças brincando sozinhas.
Depois colocamos uma regra: Vocês podem continuar brincando, mas agora tem que ser brincadeiras totalmente inventadas por vocês.
E inventando brincadeiras estavamos inventando relações, maneiras de se mover e principios de danças.
E stávamos inventando sons, estávamos relacionando sons com o movimento orientados a partir de regras inventadas.
Estavamos aprendendo a organizar tudo isso em um sistema.
Estavamos sim entrando em um espaço ficcional. Um espaço inventado e externo à "realidade".
Fazendo arte e nos despedindo do semestre de uma maneira alegre.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Um cenário para nosso desenho animado
A pergunta: Se a dança que vocês vão criar tivesse um lugar para acontecer onde seria?
Pegamos algumas espumas muito grandes que ganhamos de doação e olhamos para elas.
O que elas parecem?
Elas já tem formato de alguma coisa?
Prédio!
Foguete!
Carro!
Árvore!
Decidimos que a dança aconteceria entre foguetes.
Coletamos alguns materiais que encontramos- retalhos de tecido, um pouco de tinta para tecido.
Então, mãos à obra!
Ao final tinhamos coisas muito bonitas que se pareciam muito pouco com foguetes!
Observamos juntos e chegamos a esse conclusão.
Talvez isso seja ótimo!
Deixamos o material secando e decidimos não decidir nada. Vamos entrar no próximo semestre com esse material e decidir o que fazer com ele.
A experiência de carregar espumas tão grandes, brincar de pular em cima delas, lidar com um objeto tão imenso para o tamanho deles, é um verdadeiro estudo sobre o esforço. É uma verdadeira investigação sobre a dança e o ritmo.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Letras dançadas, cantadas e pintadas
O que chama atenção nessa atitude das crianças é perceber que para eles é perfeitamente natural imaginar que um aprendizado trazido da escola possa fazer parte de uma aula de arte. Assim como outros interesses frequentemente trazidos por eles. Nos faz perguntar: Quem cria essas caixinhas que aprisionam o fazer e educar da arte? E porque?
Certamente não são as crianças.
Pegamos papel, grafite e giz colorido.
A proposta: Vamos usar as letras, mas vamos desenhar com elas!
Cnversamos sobre as formas engraçadas que uma letra A pode conter... Percebemos que muitas letras Vs podem parecer um grupo de passaros viajando de um lado para o outro do papel. Percebemos que cada letra já tem um formato e que poderíamos transforma-lo como se fossemos um espelho contorcido. Poderíamos usar as cores e combinações de letras. Poderíamos usar o tamanho que achássemos interessante.
Foi uma descoberta!
No início um pouco de timidez. Mas foi apenas forçar o primeiro traço que as descobertas aconteceram sem parar.
Enquanto isso, o educador de música inicia uma composição com o seu violão sobre as letras, coletando palavras das crianças.
Depois dos desenhos expostos, descobrimos que era possível fazer algo semelhante com o corpo. Riscar letras no chão, no ar, com varias partes do corpo, mudando os formatos , as dimensões. Podiamos até escrever nosso nome e fazer uma dança com isso.
E assim, sem querer, investigamos o trabalho de um artista da dança chamado William Forsyth, que trabalha o espaço de maneira bem semelhante.
Quem diria que crianças tão pequenas podiam se aproximar tão naturalmente de danças tão abstratas! Foi mesmo uma surpresa para todos.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Construindo nossos sapatos e Partiruras II





Construindo nossos sapatos
Gostaria de contar uma historia. Mas essa história não é sempre feliz. Vocês aguentam?
Assim começou nosso trabalho para a construção dos sapatos. Essa turma está inspirada no trabalho sobre o genero musical, inspirada no filme Cantando na Chuva, e por isso percebeu que tinha de criar sapatos interessantes para dançar com eles e fazer barulho (influenciados pelo sapateado).
Existe uma história antiga, da época em que as histórias não precisavam ter final feliz, nem serem coloridas, nem proteger as crianças de assuntos importantes que fazem parte da vida. As histórias tinham bonitos ensinamentos muito longe de serem moralistas.
Decidimos contá-la para introduzir o trabalho sobre os sapatos.
Essa história chama-se A menina dos sapatos vermelhos.
Em síntese essa história fala da vida de uma menina pobre que construiu com trapos e retalhos seu unico sapato para protege-la do frio, um maravilhoso sapato vermelho. Ela era muito feliz com esse sapato. Nessa história, há um encontro com uma senhora rica que a acolhe e joga suas roupas e sapatos fora, comprando novos caríssimos e brilhantes sapatos vermelhos. Ela também era muito feliz com esses sapatos, até o dia em que os sapatos criam vida própria e dançam sozinhos, sem ela poder controlá-los. Nesse momento ela precisa tomar uma decisão definitiva- Continuar a viver cortando os sapatos fora ou morrer presa nas danças desse sapato. A sábia garota decidi corta-los de seu pé, e refaz a vida como artesã na vila onde morava.
A patir dessa história difícil pensamos sobre o momento mais feliz da vida dessa menina. Pensamos juntos que esse momento aconteceu quando ela finalmente conseguiu criar os próprios sapatos com o que tinha, para escapar do frio.
Depois dessa descoberta sugerimos: Agora, vamos criar os nossos próprios sapatos.
Com papelão, fita adesiva e linhas coloridas construímos sapatos bem malucos, imensos com variadas formas.
Professora: Não sei construir sapatos!
- Nem eu! Vamos descobrir juntos
O trabalho foi de descoberta coletiva. Apesar de cada um construir os sapatos foi preciso uma logistica de cooperação para realizar as amarrações, perfurar, segurar , posicionar o papelão para a fita poder fixar.
Foi um dia importante para todos, muito bonito e, apesar da história difícil, de muita alegria por estar criando algo tão fantástico.
Partiruras II
Iniciamos o tabalho de maneira bem didática. Com linhas em roda, o educador deslizava o dedo em todos os diferentes comprimentos de linha e fazíamos um som que durava esse tempo. Descobrimos vários tamanhos de som.
depois da longa experiência partimos para os símbolos de forte e fraco criados anteriormente de maneira rebuscada. Agora teríamos apenas papel e grafite para desenhar, a partir das criações sobre o forte e fraco, um único símbolo forte e um único símbolo fraco, buscando a síntese.
Depois do intervalo, papelão para apoiar, linhas para definir os tamanhos do som, cores para dumir com o papelão e por último tinta preta para os símbolos de cada linha.
Agora sim temos uma partitura gráfica e muito bonita.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Partituras e materiais
Poderíamos criar partituras para nortear nossa música sem nem mesmo conhecer as notas? Essas partituras poderíam ser sozinhas uma criação para se ver? Essas partituras poderiam nortear também novas danças?
Qual a importância de encontrar maneiras de registrar as criações de música e dança em um papel? Esse esforço me ajudaria a repetir uma dança? Poderia fazer com que ela pudesse ser dançada ou tocada por outras pessoas que não o criador?
Essas perguntas foram levantadas pelos arte educadores e começaram a ser respondidas pelas crianças nessa aula.
A primeira coisa que fizemos foi experimentar no corpo e refletir sobre o forte e o fraco. Criamos dois desenhos: um desenho que representasse o símbolo fraco e outro que representasse o símbolo forte. Oferecemos vários materiais para isso. Papel, retalhos de várias coisas- (tecido, EVA, papel colorido), linhas, e giz de lousa.
O resultado foi muito significativo.
Depois aproveitamos antigos trabalhos em cartolina e ultilizamos o verso. Sugerimos que a linha parecia o tempo e que cada um podia usar os símbolos de forte e fraco que criou para dizer como era esse tempo (qual qualidade?).
A criação foi bem solta. O resultado plástico foi muito bonito, mas elas pouco funcionaram para registrar uma criação de música ou dança, porque era de muito difícil leitura. Decidimos retomar o assunto na próxima aula e utilizar procedimentos um pouco mais didáticos nessa criação.
Materiais
A criação das nuvens precisava de continuidade. Tinhamos criado esculturas muito bonitas de algodão com formatos de nuvens, mas estas estavam guardadas em sacos plásticos, esperando danças que possam acompanha-las para fazer parte do video-dança que iniciamos.
Não conseguimos levar fios de nylon (o que era a primeira idéia sobre como fazer as esculturas flutuarem no espaço) levamos uma linha que não conhecíamos, branca, grossa, feita de um trançado de linhas fininhas.
Percebemos que podíamos desmanchar esse trançado e ficar com as fininhas brancas. Então, começamos todos a desfaze-lo. O contato com o material foi tão importante e revelador que a aula foi simplesmente isso. As crianças descobriram as formas mais interessantes que podiam fazer a partir desse movimento de desfiar a linha. Às vezes ela ficava com partes mais grossas e outras fininhas, toda alongada ou estirada... Tudo acontecia entre o trançado e as linhas separadas.
Íamos colocando as linhas separadas no centro e foi surpreendente ver que começava a se formar um emaranhado leve, flutuante, feito uma perfeita nuvem. Melhor impossível!
Utilizamos algumas esculturas de algodão e montamos uma grande escultura com tudo isso. Realizamos algumas filmagens.
Para completar, no processo de filmagem percebemos- Não é que dá para fazer danças que acontecem na sombra? Experimentamos também essas danças. Foi um dia de pequenas surpresas para todos.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Inspirações e Guarda-chuvas pequenos
Dançamos na aula anterior com os guarda-chuvas de verdade trazidos por eles. Agora estavamos prontos para criar guarda-chuvas que não existem. O desafio que encontramos: criar guarda-chuvas mmmuuuuuito pequenos e criar danças com a mão a partir deles.
A idéia do tamanho do guarda-chuva veio do material. A partir da nossa campanha com os alunos e pais de trazer materiais interessantes que iriam para o lixo ou estavam jogados pela rua, uma criança trouxe um monte de plásticos que pareciam o fundo de garrafas bem pequenas.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Nuvens, trilhas e danças de guarda chuva
Já havíamos apontado um espaço interessante para as experiências com o vídeo e a dança - O céu! Aquele de verdade onde moram as nuvens!!!!
Montamos uma grande instalação com os colchonetes na grama e aproveitamos o bom tempo- Tinhamos que primeiramente observar muito as formas interessantes que as nuvens revelam em constante transformação. Cantamos e ajudamos as crianças a atingir o ponto de concentração necessária para realizar o trabalho.
Depois, sentados ainda na grama tinhamos algodão e um desafio- Construir esculturas de nuvens! Assim como essas que observamos no céu e que revelam surpresas intrigantes.
O entusiasmo foi grande!
Íamos colocando cada escultura em saquinhos plásticos que conseguimos nessas nossas empreitadas por materiais... Ainda não sabemos como terminar esse trabalho- Será que criamos uma grande escultura com o trabalho de todos? Será que criamos suportes transparentes para fazê-las dançar para a câmera? Não sabemos ainda!
Depois foi a vez dos passaros...
Percebemos que o vento (que em momentos nos atrapalhou um pouco) fazia um pedacinho de tecido transparente dançar de maneira bem bonita. Usamos vários tipos de papel colorido para criar pássaros para morar no tecido e dançar com o vento.
Ao final, filmamos essa dança! E essas nuvens, ainda vão dar o que falar!
Trilhas
A turma do desenho animado já sabe- em algum momento teremos que criar uma trilha para essas criações de animação e dança.
Iniciamos o processo de forma bem natural. Em uma roda, seguimos a estrutura da dança das mãos onde há uma criação pequena e um jogo de imitação, onde todos experimentam a criação de forma coletiva.
Se alguém tivesse sugestão de alteração, essas eram bem vindas... Experimentamos muito!
Ao final brincadeiras para descontrair, o barulho intenso no equipamento impediu a continuidade da exploração musical...
Danças de guarda chuva
Alguns alunos empolgadíssimos com a idéia de dançar com o guarda chuva não esqueceram de trazer! Muitos trouxeram também sapatos velhos, pois vamos confeccionar sapatos que fazem barulho...
Essa postura mostra o envolvimento das crianças com a criação e sinaliza um bom caminho de trabalho- com eles não estamos errando por agora! Não estamos impondo criações de maneira brusca, não estamos parando de ouvir para falar demais ( isso nos deixa bem aliviados).
Fizemos uma grande platéia e um a um experimentava um pouco essa dança um tanto perigosa (manipulando esse objeto desajeitado- o guarda chuva). O restante da turma poderia cantar as experimentações sobre os ritmos da música tema do filme inspiração Cantando na Chuva.
Danças que partem do pé! Essa era a orientação principal, já que eles haviam ficado encantados com o sapateado... Giros e saltos também eram bem vindos, e apareceram!
Decidimos criar guarda chuvas de papelão e de vérios tamanhos para continuar as danças...
Ainda não filmamos nada sobre isso, mas estamos virando artistas de um musical muito verdadeiro- o nosso musical!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
O piano gigante e arte embaixo da escada
Esta semana o destaque foi a construção do piano gigante!
Esta turma está realizando o projeto de criar um filme musical inspirado no Cantando na chuva.
Escolhemos uma grande espuma e traçamos as linhas do piano. O educador Luciano fez o desenho base. Com tinta para tecido mergulhamos na descoberta das cores, das misturas e das estampas possíveis, diferenciando as teclas.
Depois fizemos trabalhos rítmicos e sobre o tema do filme. Estamos iniciando a criação desta trilha sonora- assim, sem perceber!
Colocamos para secar e esperamos ansiosos o momento de experimentar este piano com o corpo todo!!!
As outras turmas não resistiram e cairam na farra corporal antes deles!
Que mágico! Um piano gigante!
Arte embaixo da escada
O espaço já escolhido e experimentado anteriormente - Embaixo da escada a experiência do crescente. Agora vamos filmar!
Como poderíamos ver melhor essa dança de crescer?
Tivemos várias idéias: Uma bexiga que cresce junto com a dança,
Um tecido que vai sendo esticado.
Papel.
Ajeitamos a experiência como pudemos- Encontramos uma espécie de mistura entre tecido e papel dentro da sala de materiais e iniciamos as experimentações!
Juntos e individualmente eles criaram danças crescentes e encontraram maneiras de filmar.
Descobrimos também o tecido voando com o vento e tivemos que sairem busca de um espaço que nos favorecesse nessa experiência- Fomos todos para a grama ver o pano dançar com a gente (encontramos um novo espaço para explorar).
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Vídeos, animações e danças na chuva
O vídeo e a dança
Existe a turma que está trabalhando com experimentações sobre o vídeo e a dança, pensando nos espaços que geram danças e nos recortes do olhar. Fizemos com essa turma exercícios sobre esses olhares. Uma criança dança enquanto a outra faz uma câmera com as mãos e percebe as melhores maneiras de olhar.
Fizemos também etapas onde o grupo de crianças dança enquanto uma delas filma, pensando nessas maneiras interessantes de filmar. Certamente vamos aproveitar tudo isso na nossa produção! Ao final pensamos juntos- Qual seia um espaço interessante para a próxima dança que acontece na câmera? Pensamos juntos- O CÉU!!!!!
Animações
Outra turma está trabalhando a idéia de animação eestamos realizando experiências com a câmera fotográfica. Danças para stopmotion. Com o uso de um elemento cênico uma criança tem a idéia- podemos colocar o balde na cabeça e fazer danças sem cabeça?
Criamos então animações bem engraçadas com crianças sem cabeça.
A experiência e controlar o fluxo do movimento para tirar a sequência de fotos é bem rica e revela muito sobre o controle dos diferentes esforços de movimento.
Dançando e cantando na chuva
Assistimos ao clássico do cinema Cantando na chuva, apenas as danças e canções.
Nos inspiramos e começamos a criar o nosso próprio filme sobre as danças na chuva.
Estamos realizando muitas coisas e temos muitos projetos sobre esse tema:
A confecção de sapatos que fazem barulho.
Danças dos pés (inspiradas no sapateado).
Construção de um piano gigante para dançar sobre ele.
Danças com guarda chuva.
Criação de guarda chuvas de papelão de várias dimensões : gigantes, naturais e em miniatura.
Danças e brincadeiras com água.
Confecção de uma trilha sonora para o filme.
Temos muito trabalho e diversão pela frente!!!
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Minha cabeça é uma câmera
Esta turma já havia criado danças em espaços específicos no projeto Aqui cabe uma dança um projeto sugerido por eles que haviam se aventurado pelos cantos do CEU em busca de danças novas.
O projeto agora é criar uma versão filmada de cada espaço escolhido por eles e montar um filme.
A idéia é instigante.
Eles experimentam todas as etapas- escolher os ângulos de filmagem, fazer figurinos, realizar todas as escolhas necessárias.
Na última aula escolhemos o espaço da Marina para trabalhar- a escada móvel. Já havíamos construído máscaras para essa dança que só pode acontecer na cabeça.
O auge do trabalho foi segurar a câmera na altura da cabeça e imaginar: Agora a câmera é a minha cabeça.
Posso dançar com ela e assistir a essa imagem.
Assim, dança também quem assiste ao vídeo.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Formigas e pesadelos




Passeamos em marcha rítmica até encontrar um espaço verde. Sentamos em círculo e encontramos o primeiro desafio- a grama e as formigas! Rimos, gritamos, levantamos e sentamos várias vezes, será que vamos conseguir trabalhar neste espaço? Propus uma coisa: vamos colocar as duas mãos no chão! As criança diziam: Professora, pinica, professora faz cócegas, professora... Propus novamente: Prestem atenção, incomoda no início, mas depois acostuma. Já acostumou, não é? Todos concordaram.
Passando esse primeiro momento de estranheza refletimos juntos – Como é difícil para nós o contato com a natureza! Porque será? Todos acharam a experiência muito empolgante apesar das dificuldades. Observamos as formigas e decidimos criar várias formigas gigantes de argila. Combinamos que seriam formigas malucas e que nenhuma seria igual a outra.
Iniciamos a criação e o contato com a argila já foi um imenso aprendizado. As formas iam surgindo e a variedade de formigas que conseguimos foi imensa!
Tamanha foi a surpresa de todos quando os educadores dizem: Vamos colocar as formigas enfileiradas na grama, caminhando em busca de comida? Elas vão morar aqui agora! Como? Sim, porque a argila é feita de barro e não vai prejudicar a terra. Tamanha euforia! Dançamos enfileirados com danças pequenas de formigas que eram únicas. Embalados por músicas de diferentes ritmos. Uma festa! A grama tão incômoda do início ao final terminou sendo um lugar aconchegante de alegrias e descobertas!
Desenhando, cantando e dançando pesadelos.
Sentamos e conversamos um pouco sobre nossos sonhos, aquelas coisas que vemos dentro da gente enquanto dormimos. Fizemos uma grande rodada contando os melhores sonhos e pesadelos que tivemos nas nossas vidas. Os mais marcantes para quase todos eram os pesadelos, aterrorizantes e incrivelmente divertidos.
Descrevemos com detalhes: Que cor? Que som? Que cheiro tem esse pesadelo? Tratamos de desenhar esses pesadelos em papéis muito pequenos. Depois em duplas o desafio era criar uma pequena composição que desse vida a esses desenhos. Terminamos em uma grande mostra. Fechamos a nossa cortina/olhos com as mãos e abrimos após cada sinal, nos deparando com as surpresas/sonhos/danças de cada dupla.
Em outra turma preferimos usar papéis bem grandes, escolher um único desenho para montarmos essa dança em um grande grupo. O jogo de pega pega corrente do intervalo foi uma ótima dica para dançarmos o desenho da bruxa que perseguia crianças assustadas de mãos dadas. O grande vestido de veludo, depois de muitos testes, ficou perfeito nas costas da pequena Marina que virou uma bruxa corcunda, pesada e muito malvada. Será que eles sonharão com as danças dos sonhos, dos sonhos, dos sonhos nas próximas noites?
sexta-feira, 17 de abril de 2009
CAMADAS
Essa viagem de percepção sonora, tátil, imagética, anatômica, foi acontecendo através de músicas e práticas corporais. Camada por camada.
Iniciamos com as coisas que temos dentro no nosso corpo- imaginando essas coisas. Coisas que a gente não vê mas existem. Iniciamos pelo que pudemos sentir. As batidas do coração, o ar que entra, o ar que sai - por onde ele caminhou...
Cantamos e movemos nosso corpo. Pensamos sobre os líquidos que se movem dentro da gente. Depois chegamos na pele, sobre as texturas, sobre o toque. Finalmente nas roupas e adereços que usamos para cobrir nossa pele e nos expressar.
Depois desta viagem, pudemos concretizar plasticamente a experiência.
primeiro as camadas internas.
Utilizamos um material para um efeito de relevo sobre o papel- retalhos de EVA colorido.
Segunda camada. A tinta.
Experimentando e criando cores novas trabalhando a camada pele e a camada roupa.
Após o tempo de secagem pudemos levar esses seres de papel para dançar.
É uma vontade da turma dar continuidade à essas danças.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Aqui cabe uma dança
Cantamos a música do rio jereré. Criamos essa dança. O educador pergunta: Quem acredita que encontramos pelo CEU um rio para a gente dançar? Saímos em caminhadas rítmicas e jogos de imitação a procurar o rio. Avistamos um espaço que poderia ser um rio. Discutimos e avaliamos: É... Parece mesmo um riacho. Criamos danças que cabiam nesse rio, danças da pesca só com o braço, danças dos peixes que adoram girar e saltar.
A partir daí: Quem encontrar um espaço interessante para uma dança pode apontar!
Os resultados foram inusitados e encontramos verdadeiros tesouros de danças escondidas em cada lugar:
- Em uma escadinha móvel dava só para fazer uma dança com a cabeça enquanto o educador movimentava o grande bloco. Foi muito divertido.
- Embaixo da escada, na forma inclinada, uma dança do pequeno até o grande.
- Dança de andar sem ver no enorme corredor escolhido por Gustavo.
- Embaixo da mesa só valia as mãos para fora brincando- Olha professora, não tenho corpo.
Os educadores sugerem: essas seriam ótimas danças para vídeos de dança. Vocês querem experimentar isso? Simmm!
As espumas gigantes
Anoitece na fazenda
Podemos acordar e ser todos bonecos que se movem de maneira fragmentada, dormir e acordar de novo movendo o corpo da educadora boneca que desaprendeu a se mover. Acordar entre os animais dessa fazenda, que se movem rápida e lentamente. Entre os desenhos de nuvem que criamos com nosso corpo, em uma dança que nunca para. Acordamos em um riacho ou no fundo do mar. Todos os alunos das turmas de dança e música já sabem o que fazer quando escutam o primeiro acorde de “Anoitece na fazenda”.
---------- Linhas ----------
Como trabalhar o abstrato com crianças pequenas? Essa questão apareceu como um desafio. As crianças que embarcam tão facilmente em universos da fantasia e do simbólico, poderiam também sentir-se motivadas e criadoras a partir de estímulos abstratos? A idéia de imitação parecia uma boa iniciativa para tentar responder essas perguntas. Com a música haviam muitas relações a serem feitas, o trabalho rítmico, as relações entre linhas e cordas, vibração, som.
Essa temática permeou diversas aulas de diversas formas e foi experimentada com turmas diferentes. As tentativas:
- Construímos uma instalação com cadeiras de várias alturas e barbantes amarrados, formando linhas de dimensões e posições variadas (pequena/ grande/ inclinada/ vertical/ horizontal etc...). Era uma instalação que permitia uma série de jogos rítmicos dentro e fora de seu espaço.
As experiências com a estrutura foram muitas:
- Imitamos no papel exatamente as linhas que víamos a partir de nossa posição em relação à instalação;
- Mudamos o ponto de vista em jogos de trocar a posição do corpo a partir dos sinais;
- Desenhamos as linhas de varias maneiras (linhas grossas/ finas/ linha de coração/ linha de bolinha etc...);
- Imitamos as linhas com partes do nosso corpo;
- Dançamos entre as linhas;
- Dançamos fora da instalação como se a instalação ainda estivésse lá.
- Fitas de cetim – Que desenhos essa linha pode fazer no espaço? Em quantas variações rítmicas?
- Lançamento de linhas – Uma criança joga uma linha no chão e observa suas formas. Pergunta: Podíamos brincar de imitar com o corpo? E essa experiência é vivida muitas vezes e de muitas maneiras por muitas turmas, que criaram danças abstratas muito bonitas.
-Tocar as cordas de um instrumento inventado - Nos dispusémos em círculo, sentados. Barbantes grandes cruzavam o centro do círculo nas mãos de crianças com posição oposta. A tarefa delas: deixar o barbante bem esticadinho. Um tocador por vez ia até o centro e tocava uma música fazendo vibrar as cordas. Colocava o ouvido bem pertinho dos barbantes e depois do concerto dividia com o grupo o que conseguiu ouvir.
- Desenhos com linhas soltas no chão – Desenhamos com linhas coloridas soltas no grande corredor do BEC. O vento desenhava também e modificava o que criávamos. Os corpos também puderam compor esse desenho junto com as linhas através de vários jogos rítmicos. Finalmente chega o momento de finalizar a criação. Ninguém mais poderia modificar o desenho, nem nós, nem o vento, então nos afastamos e fechamos a porta.
Um vestido gigante
Realizamos essa prática por um longo tempo. Agora já podíamos caminhar juntos. Criamos ainda danças em grupo que partiam dos pés. Refinamos os jogos rítmicos e inserimos a noção de pausa em grupo. Agora estávamos prontos para fazer o vestido dançar. As crianças entraram embaixo e criamos a figura do gigante sem cabeça. Esse gigante dançou e gerou muita risada das outras turmas que assistiram a dança, cheia de ritmos e pausas interessantes.